A artesã Carmem Silva Martins, que participa da Feirarte da Secretaria de Cultura e Turismo de Americana, há um ano, ficou entre as três primeiras classificadas em um concurso promovido pela revista “Patch&Afins”.
Carmem se interessou pelo concurso e enviou fotos de seu trabalho. Em uma primeira seleção, ficou entre as 10 e, em uma segunda avaliação, terminou entre as três primeiras classificadas. “A premiação é uma porta que se abre. É muito difícil, em artesanato, abrir novos caminhos. Para conseguir entrar no meio é complicado. Tem gente que já tem patrocínio, etc. Ter saído na revista com matéria cria uma boa visibilidade e valoriza muito meu trabalho”, analisa a artesã, que mora em Americana há oito anos.
Antes de vir morar em Americana a ex- funcionária administrativa de empresas passou por Jundiaí, Recife e Uberlândia. “Com dois filhos pequenos e quase com a mesma idade resolvi trabalhar em casa. Teria que ser alguma coisa em que eu não precisasse sair. E, no meu tempo livre, fui fazendo enfeites e mostrando para as amigas”, lembra. Isso aconteceu há três anos. A partir daí as próprias amigas começaram a comprar seus produtos e indicar Carmem para mais pessoas. “Elas me elogiavam. Isso me estimulou”, afirmou.
Carmem trabalha com feltro e tecido, dois materiais que são a base de sua arte. Ela faz, por encomenda, enfeites de porta de maternidade e enfeites para a casa. “A mãe tem um tema para seu filho. Um exemplo: corujas. A partir desse tema eu faço os enfeites. Os motivos de casa desenho, por exemplo, galinha, alho, cebola, etc, ou o que a pessoa pedir”, explicou.
A artesã participa da Feirarte há um ano. “A Feirarte me ajudou a vender e divulgar meu trabalho. Além disso, estou perto de outras artesãs, o que é fundamental”. Carmem quer ampliar seu trabalho para ter independência financeira. “Posso vender mais. Com meu trabalho já consigo comprar o material, mas ainda não tenho a independência financeira. Minha batalha é essa”, disse a artesã.
O que tem ajudado muito Carmem em seu trabalho é o facebook. Depois de ter criado uma página no site de relacionamento sua visibilidade aumentou e começou a receber encomendas de São Paulo e outros Estados. “Eles pagam o material e o sedex”, revelou. Antes do facebook Carmem vendia cerca de 10 produtos por mês, hoje são mais de 50.
O concurso em que foi premiada foi devido ao facebook. Sua página – ou seja, seu trabalho – recebeu primeiro uma votação pela internet. Os usuários do site de relacionamento votaram em Carmem e ela ficou entre as 10 selecionadas. Depois dessa fase a Revista fez mais uma seleção. Foi nessa fase que a artesã ficou entre as três primeiras classificadas. “O facebook é mais um instrumento para meu trabalho”, considerou.
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